Não sou uma piriguete. E exatamente por não ser uma que eu sempre preferi namorar a ficar só por uma noite. Não que eu julgue pessoas que fiquem com caras/minas diferentes por dia, mas essa sou eu. Namorar pode ser assustador para certas pessoas, mas não consigo entender por que.
Parei pra pensar porque as pessoas nunca ficam juntas por muito tempo, por quais motivos a maioria dos casais acaba os namoros tão irritados, se odiando tanto, e peguei como base os meus próprios namoros (essa é a parte em que meus ex que lerem isso vestem a carapuça, mas lindos, juuuuro que não estou falando de nenhum de vocês...) e em quase unanimidade eu percebi que no começo do namoro eles eram uma coisa e ao final, outra.
BINGO! É isso! O problema universal dos relacionamentos que envolvem amor, respeito, cumplicidade e dedicação peca no quesito: verdade. E a verdade engloba vários pontos. Quando um casal começa a se conhecer sempre tenta ser o mais legal, o mais engraçado, descolado, bem vestido e popular. Só que nenhuma mentira é sustentada por muito tempo, logo, se você cria uma personagem pra fazer a outra pessoa se apaixonar por você, esse personagem fica gasto depois de um período e torna-se uma chatisse. Uma chatisse que vai fazer você ficar de saco-cheio de mentir para agradar o outro e fazer você pensar “pô, porque eu não posso ser eu mesmo?” e aí meu querido, que você cai na malha fina do amor: você devia ter feito isso há muito tempo. Porque raios você resolveu tentar ser uma coisa que não é? Por um acaso você parou para pensar que se você realmente gostou de uma pessoa pelo o que ela é, essa deveria ser uma recíproca verdadeira? Quantas vezes eu já não disse a frase: “ele era incrível quando começamos a namorar, mas depois de um tempo aconteceu isso, isso e isso e ele se tornou um idiota!”. E eu disse essa frase já que na maioria das vezes em que isso me aconteceu foi porque eu me apaixonei por um ator. Um ator que fingiu ser um chapéu e depois descobri que era um sapato, um sapato que não era do meu número.
Quando eu conheço uma pessoa e gosto dela, vejo potencial, sou verdadeira. Talvez isso assuste um pouco, mas gosto sempre de falar o que penso e a verdade. Não fico “teatrizando” nada. Não me projeto uma pessoa que não sou exatamente pra não correr o risco de ter que passar o resto da vida sendo quem não sou. E é a única coisa que eu cobro dos outros, que me digam a verdade, não importa a intensidade, que sejam verdadeiros e sinceros. Com isso, você poupa em 100% suas histórias fantasiosas, suas atitudes forçadas e um final de romance desastroso. Como diria a mãe de Ryan Reynolds no filme “Apenas Amigos”: be yourself, be yourself, be yourself, and be yourself!